
Sou Fabio Luiz da Costa Limeira, professor de Geografia da rede privada: Ensino Fundamental, Ensino Médio, Pré-Vestibular e preparatório para concurso público . Também pela graça de Deus casei-me com Juliana Limeira em 2005 e fruto deste amor (despertado em nós em 1998), hoje sou pai de cinco filhos, do João Pedro (14 anos), Miguel (9 anos), do Baby que está no céu, do Bento (7 anos) e da Maria Beatriz (5 ano).
Sinto grande emoção em ensinar Geografia. Refletir a Geografia é importante nos dias de hoje para saber pensar e fazer o mundo. É muito bom trabalhar com pessoas cheias de sonhos, de sentimentos e de dedicação.
Alegria na profissão é fundamental para vida longa.
Espero que gostem do trabalho disponibilizado neste site.
Sinto grande emoção em ensinar Geografia. Refletir a Geografia é importante nos dias de hoje para saber pensar e fazer o mundo. É muito bom trabalhar com pessoas cheias de sonhos, de sentimentos e de dedicação.
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Que professor de Geografia eu sou?
Sou eu um professor da direita ou da esquerda? Racionalista, positivista, naturalista ou romantista? Determinista ou possibilista? Capitalista ou marxista? Materialista ou humanista?
Deixemos de lado estes "istas" e vamos ao que interessa.
Milton Santos diz que “existem tantas Geografias, assim como existem tantos geógrafos”. Não que isso seja positivo. Gomes no livro Geografia da Modernidade defende a mesma ideia ao dizer que “há tantas Geografias quanto são as percepções de mundo". Por tanto vou procurar apresentar o meu pensamento geográfico em algumas palavras, não tendo a pretensão que o meu pensamento seja interiorizado uniformemente por todos, mas sim respeitado na sua individualidade que me consiste como pessoa e não como mera engrenagem em meio ao coletivismo. Sou um ser humano com personalidade e necessidade de viver em comunidade.
Estudar Geografia leva-me a compreender o humano para melhor orientar e cuidar dele. Falo aqui de um verdadeiro humanismo que respeita o ser humano de forma integral. Por tanto penso que temos que cuidar com os exageros do globalismo e do coletivismo.
O processo de globalização, em sua fase atual, revela uma vontade de fundar o domínio do mundo na associação entre grandes organizações e uma tecnologia cegamente utilizada. Mas a realidade dos territórios e as contingências do "meio associado" asseguram a impossibilidade da (...) homogeneização. (A Natureza do Espaço, Milton Santos, p. 27)
Talvez não tenha sido a intenção de Milton Santos, mas penso que este trecho do seu livro “A Natureza do Espaço” nos ajuda a refletir os cuidados com a desumanização e impessoalidade impostas tanto pelo globalismo, quanto pelo coletivismo.
Pensar em dominar o mundo através da tecnologia e da informação pode nos levar a relações impessoais e fazer crescer a indiferença diante daqueles que nos rodeiam. Será que não estamos substituindo as relações familiares e íntimas por relações globais e superficiais?
A revolução técnico- científica cria “necessidades” no ser humano. A falta de sentido poderá diminuir a capacidade do ser humano de distinguir o que é supérfluo e o que é essencial para sua vida.
“Sem dúvida, a sociedade industrializada está sempre visando satisfazer todas as necessidades humanas possíveis, e seu fenômeno concomitante, a sociedade de consumo, visa até mesmo criar necessidades que possam depois ser por ela satisfeitas. Apenas a necessidade mais humana de todas, a necessidade de sentido, é frustrada pela sociedade.”(Frankl, 1992, 79).
Ao mesmo tempo em que critico o globalismo que nos desumaniza, não sou adepto do totalitarismo coletivista, que de forma violenta, como vemos na história, quis eliminar os “desiguais” criando uma ditadura dos iguais. Nesta lista ponho os regimes de Hitler, Stalin, Mao Tse Tung, entre outros que ainda encontram adeptos na atualidade.
Que as paixões ideológicas reducionistas e suas “agendas” não estejam acima do verdadeiro cuidado humano.
“Tal como se comprueba, el reduccionismo reduce al hombre no solo em toda una dimensión sino que le resta, ni mas ni menos, la dimensión de lo específicamente humano. Se puede definir el reduccionismo como un procedimiento pseudocientifico por el cual fenómenos especificamente humanos, como consciencia y amor, se reducen al nivel de fenómenos subhumanos. Em uma palavra, el reducionismo puede definirse como um subhumanismo.” (Frankl,1991, 135)
Que “a pessoa” esteja a frente de todo o globalismo e que o espírito comunitário esteja a frente de todo o coletivismo. Para ser comunidade é necessário ter personalidades, pois segundo Frankl “Comunidade necessita de personalidades e toda personalidade precisa de comunidade para ser pessoa” (Frankl, 1990, 236).
É importante dialogar! É importante compreender o outro!
"Entre a indiferença egoísta e o protesto violento existe uma opção sempre possível: o diálogo". (Papa Francisco)
Defendo um humanismo sem reducionismo, um humanismo não mergulhado no radicalismo ideológico.
«As ideologias terminam mal, não servem. Não assumem o povo, por isso pensem no século passado, em que as ideologias terminaram em ditaduras, sempre.» (Papa Francisco, Viagem apostólica ao Paraguai, 11.07.2015)
«[A preocupação com o pobre] não é uma invenção do comunismo e não deve ser transformada em ideologia, como tem acontecido tantas vezes.» (Papa Francisco, La Stampa, 11.01.2015)
«Alguns podem achar que é uma novidade [a Igreja cuidar dos pobres], quando, na verdade, é uma preocupação que deriva do Evangelho e que está documentada desde os primeiros séculos do cristianismo. Se eu repetisse algumas passagens das homilias dos Padres da Igreja do segundo ou do terceiro século sobre o tratamento que devemos dar aos pobres, alguns ainda me acusariam de dar uma homilia marxista!» (Papa Francisco, La Stampa, 11.01.2015)
Não sou socialiata. Seria eu um liberal capitalista?
Também não! Eu comungo dos pensamentos abaixo citados.
Um coração jovem não suporta a injustiça e não pode ceder à cultura do descarte nem ceder à globalização da indiferença. (Papa Francisco, Twiter 04:47 - 17 de fev de 2017)
Sou obrigado a escolher entre o capitalismo ou o estadismo? Preciso escolher entre a maximização do lucro ou a maximização do poder?
Segundo Manuel Castells no livro "A Sociedade em Rede" (p. 53) enquanto o modo de produção capitalista visa a maximização de lucros ("aumento do excedente") o estadismo visa a maximização do poder.
O que seria para Castells a maximização do poder?
"...aumento da capacidade militar e ideológica do aparado político para impor seus objetivos sobre um número maior de sujeitos e nos níveis mais profundos de seu consciente."
Termino transcrevendo uma pequena reflexão de um ex-aluno e hoje colega Matheus Xavier Capella:
"Diariamente somos bombardeados com inúmeras notícias pretensas a escândalos. Muitas pessoas ao invés de analisarem os fatos e a partir deles formarem um conceito, buscam quais são os pontos que favorecem a sua narrativa. O conceito está pronto quase sempre, só falta o que o justifique. Elucidando: Ediglê tropeça em uma pedra na calçada e cai de cara no chão. Simpatizantes de Ediglê vão culpar a pedra e o responsável pela calçada, já seus desafetos vão culpar sua desatenção, para dizer o mínimo.
Vivemos dentro da guerra de narrativas e daqui 50 anos serão contadas inúmeras versões. Será tomada como verdade não aquela mais fidedigna aos fatos atuais, mas sim a do lado vencedor. É uma pena.
Então, quem sou eu para sugerir algo a alguém, mas pretensiosamente, lá vai:
Observe, procure os fatos e não reproduza o que é só a opinião."
(Postado no Facebook)
CONCLUSÃO
Coloquemos o ser humano acima das ideologias. Todo fanatismo ideológico leva ao reducionismo humano e ao relativismo que mostra apenas uma caricatura do ser humano e não o que realmente ele é.
Quem sou afinal?
Sou Fabio Luiz da Costa Limeira...
RESUMINDO